Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2007
Entrevista a Gil Vicente

Apresentamos a Entrevista versão TEXTO. Note-se que a versão Texto é algo diferente da Versão Multimédia.

Entrevistador  - E
Gil Vicente – GV

E – Muito Boa Tarde, sejam muito bem vindos a este especial de informação. E é ainda mais especial porque tenho a honra de estar perante um dos melhores, se não mesmo o melhor escritor Português. Hoje tenho comigo GIL VICENTE. Conseguimos através da invenção do professor TELE trazer Gil Vicente do Mundo dos Mortos em especial para esta entrevista televisiva. Antes de iniciar este momento solene para todos os portuguses devo referir que Gil Vicente se sujeitou a um intensivo curso de Português moderno de forma a podermos comunicar mais eficientemente. Como já devem ter percebido muitos preparativos foram necessários para este momento, mas agora que está tudo em ordem o melhor é não me alongar mais e passar desde já à entrevista.

E – Sr. Gil Vicente, como já disse é uma honra estar a entrevista-lo hoje. Agradeço em nome da CPP a honra.
GV – De nada, a honra é toda minha de poder esclarecer naquilo que puder os portugueses e portuguesas que sempre foram o meu povo.
E – Primeiro que tudo deixe-me começar por um dos aspectos, que mais nos intriga quanto à sua vida. Em que data nasceu?
GV – Pois eu gostaria de vos esclarecer, mas tal como devem saber eu passei por um grave episodio de amnésia aquando da minha morte pelo que há certos promenores da minha vida que me passam ao lado, por mais que me tente lembrar não consigo… prefiro não falar disso pois é um aspecto muito perturbador para mim.
E – Certo, não vou então questionar mais acerca disso. Passemos então a outro tópico, também ele de interesse nomeadamente para todos aqueles que o seguem: a sua profissão. Quanto a isso pode responder?
GV – Sim, disso lembro-me. Como todos sabem sou escritor, penso que a grande dúvida aqui seria saber se eu era ourives… bem eu era realmente, e realmente sou o Gil Vicente autor da tão famosa Custódia de Belém.
E – Então isso é um revelação estrondosa…. Qual é a sensação ao saber que é o autor de uma das mais importantes obras do nosso país?
GV – Normal. Para mim a Custódia de Belém tem a mesma importância que qualquer obra escrita por mim, foi mais uma vez uma forma de “escape” à sociedade, é claro que é um bem de grande valor monetário, mas na realidade o seu grande valor é esse: o monetário, pois a nível sentimental para mim não é mais importante que as minhas obras escritas.
E – As suas obras escritas são então muito importantes para si, certo?
GV- Qualquer obra de qualquer escritor é muito importante para ele. Porque enquanto estamos a escrever nós estamos a passar para o papel aquilo que sentimos no momento. Cada frase demonstra sentimentos e opiniões. Eu por exemplo em cada uma das minhas obras tinha um cunho muito de pessoal de sátira e de critica social, porque naquela altura era o que eu sentia: vontade de criticar aquilo que achava que estava mal.
E- E qual é a sua obra predilecta?
GV – O Auto da Barca do Inferno entre outras, porque foi um livro em que consegui criticar quase todos os estratos da sociedade e  deixar vincada a minha opinião em relação a uma grande quantidade de assuntos. E depois porque é um assunto que afligia muito as pessoas naquela época: Iria para o Inferno ou para o Paraíso?
E- Muito dizem que só lhe foi possível escrever com essa irreverência pois fazia parte de um alto estrato da sociedade, é verdade? Alias sabemos que foi mestre de retórica de D Manuel…
GV – Evidentemente a importância que tinha dentro da corte permitiu-me ser mais imune a respostas em relação aos conteúdos das minhas obras. Provavelmente se não tivesse ascendido até onde consegui ascender não teria  qualquer hipótese de conseguir escrever aquilo que escrevi. O facto de depois pegar nestes “actos” e de os representar nas cortes fez com que acabasse por ser “desculpado” pelas criticas.
E – Gil Vicente, o seu papel no teatro português foi de longe importante, até ao ponto de ser considerado “O Pai do Teatro Português”, mais uma vez volto aos sentimentos para lhe perguntar, ou melhor pedir para comentar este “estatuto”…
GV – Sinto-me lisonjeado, mas penso que acima de tudo esse “estatuto”, como o classificou, se deve essencialmente ao facto de ter sido o primeiro, provavelmente se houvesse outro antes de mim a fazer teatro em Portugal eu teria sido “um bom dramaturgo” e não “O pai do Teatro Português”. De qualquer forma é bom…
E – Agora que o tempo se esgota vou lhe pedir que seja breve nas respostas. Tendo essa importância na sociedade da época denota-se no entanto uma linguagem popular nas suas obras, quer clarificar esta questão?
GV – Eu nasci numa família de burgueses e artesãos logo a minha infância é em certa parte uma infância muito popular, depois com a minha “arte” consegui subir, mas inicialmente a minha família não era rica. Se calhar foi por isso que as minhas obras foram de critica aqueles que na minha infância eram os “lobos maus” e que a linguagem usada nessas mesmas obras fosse um reflexo das influências populares que tinha.
E – Algumas das suas obras foram censuradas, como reage a isto?
GV – É simples: Evidentemente algumas das minhas criticas não interessavam a ninguém e também não interessava que perdurassem, logo assim que houve essa hipótese foram eliminadas.
E –Porque não dá nomes às suas personagens?
GV – Porque a critica que eu fazia não era à Maria e ao Zé, ao Frei João e à Irmã Maria, mas sim ao povo, à nobreza e ao clero. Eu queria globalizar a critica e não individualizá-la.
E – Foi um prazer tê-lo connosco. Um muito obrigado. Já a seguir não perca o jogo Portugal – México
GV – Obrigado



Referências: Wikipedia, acedido a 2007-02-07: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Vicente
              Fotocópia de uma referência ao website (acedido em 2004-02-10):
http://citi.pt/gilvicenteonline/index.html

Autoria de Texto:  MegaByte Team


Algumas imagens retiradas dos sites referenciados em "Fontes"





Sentimo-nos: Bem
Música Escolhida: Feel Good

Publicado por: MegaByte - MB Team às 20:28
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3 comentários:
De Romina Santos a 4 de Março de 2007 às 18:59
Olá pessoal!
Dei uma passadinha por aqui... está muito interessante o vosso blog!
Espero que continuem a trabalhar nisto, para que todos os visitantes sintam interesse tal como eu :)

Continuação de bom trabalho
FIquem Bem todos vocês
:D


De Ricardo Sousa - MegaByte a 21 de Março de 2007 às 21:47
Um grande obrigado, amiga...

Vamos a isto...


Ricardo Sousa
MB TEam


De Davidson a 31 de Março de 2009 às 18:14
achei q isso me ajudaria

mas naum tem nada de importante


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